Era para ser somente um feriado tranquilo hospedado em Juazeiro (BA), mas para Tommy foi a oportunidade de elevar o nível de suas habilidades com a caça. Sim, ele deve ter se sentido o máximo abatendo uma galinha, em vez dos inocentes passarinhos que costumavam frequentar a nossa casa em São Raimundo Nonato (PI) até pouco tempo. O triste fim de Maria Antonieta aconteceu bem na Semana Santa. Para quem já havia sobrevivido a um gato, vários cachorros e um cavalo, acredito que ela nunca esperava a mordida de uma visita de, no máximo, uns 50 centrímetros. Mas aconteceu…
A nova aventura de Tommy na estrada começou na tarde da quarta-feira (24 de março), quando viajamos no carro em direção a Petrolina/Juazeiro. Já estava tudo combinado para o rapazinho ficar na casa da veterinária Mariana Fontalvo, com quem ele já havia se hospedado outras duas vezes. Chegamos à noite, deixamos o Tomilho junto com a bicharada que mora na casa e embarcamos de avião rumo a Recife, com destino final para os braços da família em nossa terra natal, João Pessoa.
*Conheça mais sobre a hospedagem em Juazeiro
Eu e Seu Carlinhos passamos três dias matando as saudades na capital paraibana, aproveitando tudo que os novos “matutos” têm direito: piscina, praia, sol, frutos do mar… De volta a Juazeiro, ao buscar Tommy a surpresa: a estadia havia sido supertranquila, segundo a própria veterinária, com o porém de que Tommy comeu a última das galinhas que estava sendo criada na casa! Se ficamos tristes? Sim! Surpresos? Não… visto que ele já estava treinando em nossa casa em SRN (o que havíamos comentado com o pessoal), era de se esperar que um dia ele subisse de faixa, assim como os lutadores de artes maciais.
A própria Fontalvo nos acalmou: “é assim mesmo, é o instinto animal, normal, não se preocupem”. Realmente, é nessas horas que a gente vê que aquele peludinho cheio de dentes tratado em nossa casa como um bebê é, no fundo, um animal. (Ei, nós humanos também somos!). Eu, Karol, já havia presenciado cenas de horror :p quando o danadinho do Tommy encontrou um passarinho com a asa machucada na área de serviço de nossa humilde residência. O coitado do pardal pulava, tentava alçar voo, mas quanto mais ele se esforçava mais Tommy parecia ficar irritado e determinado a capturá-lo.
Há CINCO ANOS pessoas da família já haviam nos alertado que ele comera um passarinho na casa onde moramos no bairro do Bessa, em João Pessoa. Nós, inocentes, não acreditamos. Desde então vimos ao vivo e em cores pelo menos uns três ataques.
Pois é, pois é… como diz Seu Carlinhos/psicólogo/cientista/etc. é a natureza agindo, os instintos aflorando, a cadeia alimentar falando mais alto. Tal como um lobo, Tommy não resiste a uma caçada, seja a um gafanhoto, um besouro, uma borboleta, um pardalzinho… afinal de contas, quem aguenta ração a vida toda e resiste a uma porçãozinha de proteína animal dando sopa no quintal?
Só nos resta lamentar pela coitadinha da Maria Antonieta… que descanse em paz!