Já havíamos feito duas viagens de carro a Fortaleza em dezembro 2012, inclusive hospedamos Tommy lá e demos a dica do canil Alfhaville Dog, mas desta vez, em dezembro de 2015, a nossa rota foi bem diferente. Agora nosso intuito era conhecer Quixadá (CE), e depois seguir para resolver nossos compromissos em Fortaleza.
Para isso, começamos a viagem deixando Tommy em um hotelzinho de confiança que conhecemos no ano passado – e do qual gostamos muito – o Canil Porto Blanc. Seguimos nosso mesmo caminho de sempre: de São Raimundo a Remanso (BA) e de lá pela BR-235 para Petrolina. Na época, ainda não havia começado a chover, portanto a pista estava em perfeitas condições.
De lá, na mesma manhã, seguimos para Juazeiro do Norte (CE), onde dormimos uma noite. Fomos direto pela BR-122, que também apresentava boas condições. Em Pernambuco, passamos por Lagoa Grande, Santa Cruz, Ouricuri e fizemos a visita tão sonhada a Exu, terra de Luiz Gonzaga. Visitamos a casa onde ele morou no fim de sua vida, o museu, seu mausoléu e a casa de Januário, seu pai. Foi uma visita emotiva! Além de ter contato com tantas recordações da vida dele – a casa praticamente intacta, seus objetos pessoais, instrumentos, prêmios – ainda fiquei alucinada com os pés de seriguela do local.
A viagem durou cerca de 9 horas neste primeiro dia, sem contar com a parada para o almoço. Descansamos em Juazeiro do Norte e seguimos cedinho no dia seguinte para Fortaleza, por Quixadá. Fomos pela Rodovia Padre Cícero (CE-153), que passa por uma região serrana nos arredores de Juazeiro, cheia de curvas e um pouco enjoativa. Passamos por Orós e depois entramos na BR-226 até Solonópole. Lá pegamos a BR-122.
Em cerca de 4h30 de viagem estávamos em Quixadá, a tempo de almoçar em um restaurante maravilhoso chamado Pé de Serra. Comemos carré de carneiro, arroz de queijo e uma cocada DI-VI-NA de sobremesa. Ela pode vir acompanhada por sorvete também, ou seja, pecado duplo! Uma perdição. Nesse restaurante há uma loja que vende artesanatos da região e muitos produtos alimentícios com carne de carneiro. Linguiça, kafta (nós provamos e recomendamos), cortes especiais. Tudo no capricho!
Demos uma passada rápida por Quixadá. Gostei de termos chegado num domingo. Assim deu para transitar com calma pelo Centro, ver o comércio, conhecer os estabelecimentos. Passamos pelo campus da Universidade Estadual do Ceará (Uece), a Feclesc. Sem dúvida é uma cidade de porte maior do que estamos acostumados em São Raimundo. Aqui só tem um semáforo. Lá tem incontáveis! ehehehehe As ruas também são mais urbanizadas, mais planejadas. O comércio mais forte e a oferta de especialidades médicas também.
Turistamos um pouco. Fomos direto ao Açude do Cedro, passando por uma área de reserva ambiental federal onde estão localizados os campi da Universidade Federal do Ceará (UFC) e Instituto Federal do Ceará (IFCE). O açude é muito lindo, é o mais antigo do país, tendo sua construção iniciada por D. Pedro II. Tem um longo paredão onde os adultos podem fazer boas caminhadas, mas não recomendo este passeio com crianças, pois as correntes de “segurança” não são capazes de impedir um grave acidente.
De lá admiramos a paisagem da pedra da Galinha Choca, uma bela e única formação rochosa. Lembrei constantemente do filme “O Cangaceiro Trapalhão” (1983) e da cena em que ovos de ouro gigantes rolam pela terra seca.
Por fim, finalmente seguimos rumo a Fortaleza. Optamos pelas BRs-122 e 116, por acreditarmos que a viagem seria mais rápida. São trechos bastante movimentados com caminhões, mas na região metropolitana de Fortaleza as pistas são duplicadas. Em cerca de 2h30 chegávamos ao nosso destino final.