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Leishmaniose: saiba como prevenir

Teresina está entre as capitais do país que possuem os maiores índices de ocorrência de leishmaniose, doença transmitida para animais e humanos por insetos flebótomos (mosquito-palha). Em fevereiro de 2012, a Universidade Federal do Piauí (UFPI) divulgou que a doença é endêmica na capital, o que significa que há casos em todas as zonas da cidade, e iniciou um projeto de vacinação em parceria com a Universidade de Harvard (EUA) e o Instituto Butantan. Aqui em São Raimundo Nonato (região Sudoeste) a situação não é tão preocupante, mas é necessário ficar em alerta em qualquer região do nosso país quente e tropical. Afinal de contas, por que correr o risco quando há meios de prevenir?

Nossa “ficha caiu” somente quando estávamos de mudança marcada da Paraíba ao Piauí. O assunto entrou em pauta quando estávamos colocando a vacina polivalente e a limpeza dos dentinhos de Tommy em dia em sua última consulta com o veterinário em Campina Grande. Já havíamos comprado a coleira TEA para evitar pulgas e carrapatos, mas não conhecíamos a Scalibor, uma coleira branca que também protege com alta eficácia contra os mosquitos flebótomos.

Coleira Scalibor custa cerca de R$ 60 e pode ser encontrada em pet shops e clínicas

Tommy passou a usá-la assim que chegou a São Raimundo. A coleira tem um repelente em pó que se espalha pelo corpo do animal e o protege contra as picadas dos vetores. Outra recomendação geralmente dada pelos centros de zoonoses e gerências regionais de saúde é o uso de repelentes à base de citronela em toda a casa, o que dá um conforto maior para a família no combate às picadas de outros tipos de mosquitos.

Apesar de eficaz, a coleira não garante que o seu cachorrinho já não esteja infectado. Em alguns casos, os sintomas sequer são percebidos.  Quando Tommy passou a ser acompanhado pela veterinária Tatiana Negreiros aqui em SRN, uma de suas primeiras recomendações foi a aplicação da vacina Leishmune, que previne a transmissão da doença em 80% a 95% dos casos.  Seria a melhor maneira de evitar sofrimento para nosso peludinho e para a família caso algo indesejado acontecesse. Após uma série de testes, o produto recebeu em março de 2012 a permissão definitiva do Ministério da Agricultura para comercialização.

Tommy e sua coleira Scalibor antes de tomar as doses da vacina Leishmune

Antes de iniciar a aplicação da vacina, aproveitamos nossa ida a Salvador e solicitamos a coleta de sangue do Tomilho para enviar o material para um exame sorológico que foi feito em Belo Horizonte (MG). A coleta também poderia ser feita em São Raimundo, mas o laboratório para o qual a Clivepa enviou o material é a melhor referência do país neste tipo de serviço.

Para nossa felicidade, o teste do nosso peludinho deu negativo e pudemos prosseguir com a imunização. Foram aplicadas três doses de Leishmune em intervalos de 21 dias. Em todas elas houve reações variadas, em geral um pouquinho de febre que foi combatida com Dipirona (sob recomendação da veterinária), além de muito dengo! Tommy ficava cerca de 48 horas “amuado“, corpinho mole e sem muita disposição para brincadeiras. Mesmo com pena, sabemos que foram efeitos colaterais normais, ou seja, a vacina começava a fazer efeito e o nosso bichinho não correria mais riscos.

Exame sorológico: resultado negativo e liberação para começar a vacinar

EUTANÁSIA NÃO! LEISHMANIOSE TEM TRATAMENTO

Apesar de todo o bicho de sete cabeças que se faz em torno da leishmaniose (detesto o termo “calazar”, muito pejorativo), há tratamento para a doença e é possível melhorar a qualidade de vida dos nossos bichinhos. Segundo a veterinária Tatiana Negreiros, uma profissional que defende o tratamento, o Brasil é o único país do mundo a praticar eutanásia em cães com Leishmaniose, enquanto em outras regiões trata-se a doença.

O preconceito também não ajuda em nada. Não são somente cães e gatos os transmissores. Humanos que forem picados pelo mosquito também podem repassar a doença para outras pessoas ou animais, por meio de vetores. No Facebook, há um movimento para esclarecer melhor a população. O perfil “Leishmaniose Canina – Prefiro Tratar que Matar” traz diariamente informações sobre pesquisas e casos de bichinhos que sobrevivem à doença graça a pais carinhosos, bem informados e dedicados.

O tratamento existe tanto para humanos quanto para animais domésticos, no entanto sua aplicação em cães e gatos ainda é polêmica. No Brasil, o Ministério da Agricultura recomenda aos centros de zoonoses que procedam pelo sacrifício. Um absurdo! Por meio de recursos na Justiça é que as organizações não governamentais de defesa dos animais têm conseguido o direito de aplicar os procedimentos adequados para que os bichinhos possam sobreviver.

Segundo o veterinário Paulo Tabanez, o tratamento pode trazer a cura clínica (o humano ou o cão não apresentam sinais da doença) e a cura epidemiológica (o humano ou o cão não são mais transmissores da doença, porém o cão é mais suscetível e, portanto, pode ter muitas recaídas). O procedimento, porém, não garante a cura parasitológica (o parasita ficará para sempre tanto no organismo do homem quanto no do cão). Este artigo publicado na Agência de Notícias de Direitos Animais traz informações detalhadas sobre a situação no país.

Portanto, fiquemos de olho e lutemos pelos direitos dos nossos melhores amigos!

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Dia de vacinação

Já é tradição: todos os anos, geralmente no mês de novembro, Tommy veste a coleirinha e pula para dentro do carro para dar uma “voltinha”. Mal sabe ele que vai receber uma picadinha do bem: a vacina antirrábica. Eis que o dia chegou aqui no Piauí e, desta vez, nem eu nem Seu Carlinhos sabíamos! Um dia importante para quem tem cão e gato em casa, mas que estava passando batido para quem mora em São Raimundo Nonato. Não ouvimos falar absolutamente nada sobre a campanha: nada de carros de som avisando pela cidade, nem faixas nas ruas (geralmente a divulgação é feita assim em João Pessoa e Campina Grande, além de notas na imprensa), nem cartazes. NADA!

Quase perdíamos a oportunidade de vacinar nosso bichinho de graça, não fosse pela ligação de um amigo. Agora vocês devem estar se perguntando: “por que fazer tanta questão por uma vacina que tem no consultório veterinário?”. Deixo como resposta a mesma observação que a própria veterinária de Tommy, Tatiana Negreiros, comentou em meu perfil no Facebook: “Saúde é saúde, obrigação do governo proteger a nós e nossos animais!”.

Tomilho vacinado é Tomilho protegido!

Felizmente, deu tempo de cumprir o nosso ritual com o Tomilho. Agora temos na carteira de vacinação mais uma comprovação da boa saúde do nosso peludinho para fazermos nossas viagens sem estresse. Depois de ser imunizado contra a raiva nas bucólicas pracinhas de João Pessoa e na animada pirâmide do Parque do Povo em Campina Grande, ele agora conheceu o posto de saúde da Milonga, bairro de São Raimundo. 🙂 Os postos de saúde funcionam neste sábado (10) até as 17h.

Fica nossa indignação com os órgãos que prestam este serviço e que deveriam estar cumprindo à risca a obrigação de divulgá-lo para toda a população. Será que não tem mais ninguém trabalhando no apagar das luzes das antigas gestões municipais?

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Antes da estrada: cartão de vacinação

Feriado da Independência do Brasil, 7 de setembro. Hoje provavelmente tem gente arrumando as malas para passar o fim de semana em uma praia, passear, etc. Feliz de quem pode levar seu cachorrinho ou gatinho junto, né? Confesso que ainda não conheço na Paraíba hotéis que aceitam os bichinhos junto com os hóspedes, por isto sempre que eu viajava entre Campina Grande e João Pessoa (ou mesmo para outros estados) sempre precisei deixar Tommy em algum local específico para animais.

Mas nem tudo é tão básico ou fácil! Antes de procurar um local para deixar o pet ou de levá-lo junto para a diversão é sempre recomendável uma visita ao veterinário. É ele quem vai avaliar se o bichinho está em boas condições de saúde para embarcar na viagem, vai checar se as vacinas e vermífugos estão em dia, entre outros procedimentos.

Nestas horas, uma grande aliada para que todos os planos deem certo é a carteira de vacinação. O documento é imprescindível para quem tem animal de estimação, pois sua apresentação é um dos pré-requisitos em canis e hotéis para garantir o check-in sem estresse. [Também é um dos comprovantes mais importantes para quem vai viajar de avião ou ônibus com o bichinho. Depois falo mais sobre isso.]

Geralmente, as exigências são as seguintes:

– Carteira de vacinação em dia;
– Vermifugação em dia;
– Aplicação de preventivo contra pulgas e carrapatos;
– Atestado do veterinário.

Segunda carteira de vacinação de Tommy

Esta é a segunda carteira de vacinação de Tommy. A primeira foi feita no Rio de Janeiro, assim que adotamos o peludinho. Depois de tantas mudanças de casa e apartamento, perdemos a danada no meio dos livros e pegamos uma nova em Campina Grande durante a campanha municipal contra a raiva. Para nosso alívio, encontramos a primeira quando desfizemos as malas e caixas aqui em São Raimundo Nonato. [Falo em “alívio” porque nela estava a data precisa do nascimento do nosso Tomilho. Confesso que a gente já estava misturando as bolas na hora de lembrar o dia e o mês. Misturávamos junho com julho, 11 com 4… no fim das contas o niver é em 11/07].

Fica o alerta: guarde-a em lugar seguro, de preferência junto com seus próprios documentos. O cartãozinho é a prova de que seu cãozinho ou gato está em dia principalmente com a vacina antirrábica, cuja aplicação é anual.

VACINA POLIVALENTE

Além da prevenção contra a raiva, uma de nossas preocupações antes da mudança para SRN era reforçar a saúde de Tommy contra outras doenças. O veterinário Rodrigo Tavares Jordão, que acompanhou nosso vira-latinha durante o período em Campina, recomendou e aplicou a Duramune Max 5-CvK/4L, que atua contra cinomose, hepatite, adenovírus tipo 2, parainfluenza, parvavirose, coronavirose e leptospirose. Segundo ele, o reforço deve ser feito anualmente.

Esta é a mesma aplicada durante as primeiras semanas de vida. São três doses, geralmente com seis, dez e 14 semanas de nascido. Depois de alguns meses o filhote recebe a primeira aplicação de antirrábica, depois é só ficar de olho para a manutenção anual destes cuidados.

VACINA CONTRA TOSSE DO CANIL

Uma novidade este ano para nós foi a vacina contra tosse do canil, que evita a traqueobronquite infecciosa canina, doença contagiosa que atinge o sistema respiratório do cachorro. Segundo a veterinária Carla Vasconcelos Freitas, que hospedou Tommy no Pet Of Dreams, em Teresina, a aplicação é necessária em locais de grande aglomeração de cães. O objetivo é evitar que os bichinhos contraiam a doença por meio de tosse, espirro ou objetos contaminados, como bebedouros.

Apesar de nunca ter ouvido falar neste problema em canis, hoteizinhos e pet shops de João Pessoa e Campina Grande, eu e Carlos ficamos com receio por não conhecermos as doenças mais comuns em Teresina. Também nos preocupamos com o clima muito mais quente e resolver aceitar a sugestão da veterinária. Esta também foi uma das exigências para a estadia de Tommy no Pet Of Dreams. A vacina é vaporizada e intranasal, por isso é indolor.

Tommy fazendo amizades, vacinado e tranquilo no Pet Of Dreams, em Teresina (PI)

*Todas as informações sobre vacinas são apenas relatos de nossa experiência; para detalhes e recomendações especializadas é necessário consultar um médico veterinário.

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