No dia 24 de dezembro de 2012 eu e Seu Carlinhos recebemos o melhor presente de Natal de todos os tempos: o teste deu positivo. Dentro do meu ventre já crescia a combinação dos nossos DNAs, uma sementinha que vinha na melhor época de nossas vidas, a melhor celebração dos nossos 10 anos de união. Naquela ocasião estávamos em João Pessoa aproveitando o fim do ano com a família. A pouquíssimos quilômetros de distância, hospedado em outra casa, estava o nosso primeiro filho de criação: Tommy. Primeiro, sim, podemos dizer sem receios.
Foi ele quem chegou para alegrar nossa casa há quase seis anos, quando começamos a morar juntos no Rio de Janeiro. Foi em torno dele que tomamos as primeiras decisões parentais e dividimos as primeiras responsabilidades, como escolher o nome, alimentar, dar vacina, passear. Com os dodóis dele tivemos as primeiras aflições e por aí vai.
A nova vida que cresce entre nós tem apenas 19 semanas na data desta postagem. Com a barriga já proeminente, a coluna começando a doer e a dificuldade de colocar meu peludinho no colo, a realidade fica mais próxima: Tommy vai ganhar um irmãozinho ou uma irmãzinha. A casa terá uma mãe para dois filhos. Ele não poderá mais ser o filho único, ciumento e brabo que costuma ser. A rotina de todos nós vai mudar, mas esperamos incluir o pretinho e continuar fazendo com que ele se sinta parte da família.
A adaptação já começou antes mesmo da descoberta da gravidez. Já havíamos instalado uma grade no corredor que liga o setor dos quartos à sala e demais ambientes comuns. O primeiro motivo foi evitar que o rapazinho pulasse sujo em cima das camas. A segunda finalidade era controlar a circulação dele. Deu certo. Hoje ele só entra quando convidado, a não ser que a gente dê bobeira. Algumas vezes passamos pela grade e ele nem insiste mais. Fica deitado olhando, esperando sua hora.
Aos poucos vamos estudando como fazer a transição do mundo sem bebê -> mundo com bebê da maneira mais suave possível. Sonhamos um dia ver o filho humano dividindo a fruta do lanche da tarde com o Tomilho (do mesmo jeito que eu faço todo santo dia), jogando a bola para ele buscar, o peludinho fazendo a nossa guarda na hora da amamentação…
Para sonhar, teremos que pôr em prática com muita determinação aquilo em que acreditamos. E esperamos fazer o melhor para harmonizar essa nova configuração familiar.
Dica de leitura: http://11sao3.blogspot.com.br/2011/06/o-cachorro-e-o-bebe.html