Primeiro dodói em hospedagem

Depois de cinco anos percorrendo estradas conosco e se hospedando nos mais diversos tipos de hoteizinhos, em cidades de climas diferentes, Tommy teve seu primeiro dodói enquanto estávamos separados. Foi em outubro, quando demos um “pulo” de cerca de uma semana em João Pessoa. Mais uma vez, optamos por deixá-lo no Tambauzinho Pet Spa, pois saímos muito satisfeitos da primeira experiência em julho.

O problema com Tommy foi no ouvido. Apresentou cera preta oleosa no terceiro dia de hospedagem. A reação foi percebida por um dos cuidadores, que estranhou o fato de Tommy estar coçando muito o ouvido direito. Ao examinar, ele percebeu a cera escorrendo, fez uma limpeza básica e logo me telefonou. O próprio funcionário já me deu algumas orientações e me tranquilizou. Informou que ele iria permanecer em observação, com limpezas mais constantes na área afetada. Caso o sintoma persistisse, ele o encaminharia ao veterinário da clínica.

Carinha de dodói

Carinha de dodói

Recebendo carinho e cuidado no hotelzinho.

Recebendo carinho e cuidado no hotelzinho.

No dia seguinte, quem ligou fui eu. Ele havia parado de se coçar e a cera estava diminuindo. Fiquei aliviada, mas ainda assim em alerta e pronta para acompanhá-lo em uma consulta, caso fosse necessário. Conforme os dias se passaram, nenhuma medicação foi necessária. O corpo dele se defendeu e a suposta infecção passou. Voltamos para casa, limpamos mais três vezes e o caso hoje está resolvido.

Suspeitamos que, durante a viagem de carro, ele tenha sofrido uma pressão no ouvido. Das próximas vezes, teremos que avaliar a possibilidade de preencher as cavidades com algodão.

Com relação à rotina das viagens, continuamos fazendo paradas e tirando-o da caixinha de transportes para que ele caminhe, se alimente, beba água e faça xixi.

Este post serve de alerta: sim, apesar de fazermos tudo teoricamente correto, algo pode dar errado. Para isso, é preciso nos cercamos de profissionais competentes no cuidado dos nossos bichos de estimação em nossa ausência.

INSUBSTITUÍVEL

Alguns hoteizinhos incluem em seus contratos de hospedagem uma cláusula que trata da “reposição” do animal em caso de acidente com falecimento, fuga ou desaparecimento. Acredito que seja uma medida desnecessária. Nosso pet é insubstituível. Ninguém poderá chegar e simplesmente me dar um outro “Tommy”. Mesmo se ele fosse de raça e encontrasse algum cachorro fisicamente igual a ele, não seria o mesmo. Não teria a mesma personalidade, muito menos as mesmas histórias de vida conosco.

A propósito, esta cláusula não consta no Tambauzinho Pet Hotel. As instalações contêm cercas e portões, e a conduta dos funcionários – até então – tem sido exemplar.

Torcemos para que outros estabelecimentos em João Pessoa sejam tão profissionais quanto. Esperamos conhecer novidades! Você tem alguma dica?

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Tambauzinho Pet Spa: Grande João Pessoa

Fazia um tempo que não levávamos Tommy a João Pessoa conosco. Ele chegou a nos acompanhar em 2014, quando me hospedei na casa da minha. Levei ele junto e a ideia não foi muito boa. Por ser um apartamento com muita vizinhança, ele não tinha um espaço para ficar fora da casa. Ou seja, tornou-se dono do sofá, latia bastante e fazia xixi onde não devia. Depois disso, concordamos em deixá-lo em Petrolina ou Campina Grande (dependendo se fôssemos de avião ou carro, da estrada etc.), onde tinha hoteizinhos já conhecidos. Nossa preocupação era garantir que Tommy fosse bem tratado por longo período de tempo, geralmente 15 a 20 dias de férias.

Agora que moramos em Quixadá, continuamos com o problema de não ter um hotelzinho na própria cidade para deixá-lo. Já fizemos viagens curtas de dois dias a Fortaleza e o deixamos em casa com uma cuidadora para trocar água, repor a comida e passear. No entanto, esta opção seria impensável para as férias. Por isso, voltei a explorar o Facebook e a fazer mil e uma ligações para redescobrir algum hotelzinho em João Pessoa para ele.

Há pouco mais de três anos, ele costumava ficar na casa de uma senhora muito solícita e atenciosa. Porém, com o passar desse tempo, Tommy passou a morar em casa e se tornou bem mais autônomo – e intocável também. Se ele já não gostava de muito dengo e colo antes, agora está pior. O que ele quer mesmo é ficar solto e brincar de bola. Dessa forma, não procurei mais a senhora do Cabo Branco.

Espaço com grama (Foto: Facebook/PetshopTambauzinho)

Espaço com grama no Tambauzinho Pet Spa (Foto: Facebook/PetshopTambauzinho)

Encontrei duas opções de hospedagem para ele em Cabedelo. O Tambauzinho Pet Spa foi a alternativa que mais me atraiu devido ao preço e à proximidade de onde ficaríamos. Eu já conhecia a boa reputação do Tambauzinho Pet Shop, em João Pessoa, e havia recebido uma indicação de alguém de confiança.

Chegamos a JP no dia 1º de julho às 18h30. Infelizmente, nesse horário não era mais possível deixá-lo no hotelzinho. Deixamos ele para dormir apenas essa noite na casa da minha mãe e, no outro dia logo cedo, levei-o ao Spa.

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Preparando-se para um banho de piscina

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Primeira vez do Tommy!

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Banho com direito a plateia

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Bem sequinho e fofinho após a farra na piscina (Foto: Facebook/Petshop Tambauzinho)

De cara eu gostei das instalações, percebi o cuidado dos funcionários com animais, vi que eles postavam fotos no Facebook todo santo dia e que ainda disponibilizavam um sistema de câmeras que poderia ser monitorado pela internet. Há muitos canis, além de áreas separadas para machos.

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Dá pra ver a cara de apaixonado?

Dá pra ver a cara de apaixonado?

Tommy colou nesse Golden Retriever

Tommy colou nesse Golden Retriever

Tommy ficou um total de 17 noites. Diariamente eu via fotos dele, algumas vezes liguei para saber se estava tudo bem. Ele tomou dois banhos, inclusive nadou na piscina com direito a colete salva-vidas. Fiquei muito satisfeita com o atendimento e percebi claramente pelas imagens que ele estava se divertindo, interagindo com outros cães.

Como sempre, as observações dos cuidadores é de que Tommy demora um pouco para confiar neles. Ele fica bem desconfiado no começo, não deixa que os estranhos o peguem no colo e não quer muito papo. A socialização inicial dele precisa ser com fêmeas maiores que ele, de preferência de grande porte. Depois de alguns dias é que ele é solto com outros machos. Daí por diante, tudo tranquilo. Bem, ele é assim em casa… como esperar que  haja diferente em um ambiente que ele não conhece? Faz parte. Mesmo pequeno, ele sempre agiu como um cão de guarda. 

No final, nossa experiência com o Tambauzinho Pet Spa foi excelente. Recomendamos esta opção de hospedagem na Grande João Pessoa.

SERVIÇO

Tambauzinho Pet Spa – Cabedelo
Facebook:
Pet Shop Tambauzinho
Telefone: 
(83) 3245-6442
Endereço: R. Marcos Bezerra de Alencar, n. 126, Cabedelo/PB
Funcionamento: todos os dias, das 8h às 17h.
Diária: R$ 40 (com desconto para pagamentos à vista e para estadias a partir de 10 dias)

LEIA MAIS SOBRE OS HOTEIZINHOS CITADOS

Canil Porto Blanc (Petrolina)

Canil Anjos da Serra (Campina Grande)

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Quixadá (CE) – João Pessoa (PB): o caminho

Esta foi a primeira vez que visitamos nossa terra natal, João Pessoa (PB), desde que nos mudamos de São Raimundo Nonato (PI) para Quixadá (CE) em março. Apesar de já estarmos bem acostumados com as longas horas de estrada, estávamos receosos devido a um intenso tiroteio que ocorreu em Quixadá na mesma semana da viagem. Três policiais militares foram mortos e um ficou ferido no confronto com assaltantes fortemente armados no distrito de Juatama. Tínhamos medo de que ainda houvesse suspeitos escondidos pelo interior interceptando veículos.

Resolvemos encarar a viagem de dia, como sempre. Tínhamos várias opções de percurso: indo por Cajazeiras (PB), por Caicó (RN) ou por Natal (RN). Este último foi o nosso escolhido. Além de ser teoricamente o caminho mais curto e rápido, já tínhamos circulado bastante pela rodovia entre Mossoró e Natal, portanto, conhecíamos bem o destino. Pensamos também nos trechos duplicados de rodovia e em como isto encurtaria o tempo.

Cerca de 650km de Quixadá a João Pessoa

Cerca de 650km de Quixadá a João Pessoa

Colocamos Tommy na caixinha de viagem e saímos de Quixadá às 8h30 em direção a Limoeiro do Norte. Detalhe: em 2012, quando Carlos foi aprovado em concurso público pela UECE, inicialmente sua vaga seria para Limoeiro do Norte. No entanto, ele foi convocado em 2015 para uma vaga em Quixadá. Ele aceitou o convite e cá estamos! Assim, passamos pela nossa “ex-futura cidade” (Limoeiro) pela primeira vez. Achamos bem interessante a forma como a cidade é organizada e limpa. As ruas são mais amplas e arborizadas, um pouco diferente de Quixadá, que aparenta ser mais antiga.

Depois de Limoeiro do Norte, tínhamos duas opções: seguir por Russas ou por Quixeré. O mapa apontava que o caminho por Quixeré seria 10km mais curto, por isso fomos por ele. Também tínhamos a informação de que a estrada de Russas estava em obras, no entanto, quando retornamos soubemos que ela já havia sido liberada. Inclusive, estaria mais agradável de transitar, não sendo tão estreita (e sem acostamento), como a estrada de Quixeré.

BR-304 recentemente reformada entre Baraúna (RN) e Russas (CE)

RN-015/CE-356: recentemente reformada entre Baraúna (RN) e Russas (CE)

Logo, logo, chegamos a Baraúna, no Rio Grande do Norte. Em apenas três horas estávamos em Mossoró, grande polo do interior do estado vizinho. Almoçamos lá mesmo, em uma churrascaria na estrada. De resto, só tivemos estresse entre Macaíba e Parnamirim, onde pegamos trânsito muito lento devido à obra de duplicação da BR-304. De Parnamirim para João Pessoa já é tudo duplicado, então assim que saímos da zona urbana viajamos bem tranquilos, no tapete.

Chegamos a João Pessoa às 18h30. Foram exatamente 10 horas de viagem, contando com as paradas para almoço e abastecimento, o engarrafamento na região metropolitana de Natal e o trânsito de entrada na capital paraibana pela BR-230. No retorno, fizemos o mesmo caminho em 9 horas, pois não pegamos trânsito intenso nestas regiões citadas acima.

Quixadá e seus monólitos vistos de longe.

Quixadá e seus monólitos vistos de longe.

CUIDADOS COM TOMMY

Já falamos sobre os cuidados com Tommy nas longas viagens de carro, mas não custa relembrar:

  • Ele é transportado na caixinha de viagem. Dentro dela colocamos um tapete macio.
  • Aproveitamos as paradas nos postos de combustíveis e no almoço para passear com ele, colocá-lo para fazer xixi, tomar água e comer.
  • Sempre levamos a carteira de vacinação em um local de fácil acesso no carro.
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São Raimundo (PI) – Quixadá (CE): a mudança

Finalmente chegou o dia que tanto esperávamos havia mais de três anos: a Universidade Estadual do Ceará (Uece) convocou Carlos para o concurso no qual ele havia sido aprovado em 2012. Não nos entendam mal: gostávamos de morar em São Raimundo Nonato, estávamos adaptados, porém o isolamento da cidade e as longas viagens de dois dias na estrada (ou 12 horas contando carro + avião + carro) para chegar a João Pessoa estavam nos deixando exaustos. Até uma simples ida a Petrolina já era cansativa. Ainda por cima, passagens de avião caras para qualquer lugar do país para onde precisássemos ir.

Despedida do Alto do Cruzeiro

Despedida do Alto do Cruzeiro

Enfim… dentro das nossas perspectivas, uma mudança para o Ceará seria muito bem-vinda. E ela aconteceu!

Recebemos a notícia da convocação em dezembro de 2015. A nomeação só saiu no Diário Oficial de fato em março de 2016. Vinícius já estava bem adaptado à escola em São Raimundo, Tommy já acostumado e sempre entusiasmado quando precisávamos viajar de carro e deixá-lo no hotelzinho em Petrolina.

No entanto, agora tínhamos apenas um mês para organizar tudo e ir embora.

Contratamos a empresa Granero, que desmontou, embalou, transportou e montou tudo de nossa casa. Levamos em nosso carro documentos, alguns eletrônicos e roupas.

Material da mudança pela Granero

Material da mudança pela Granero

DESPEDIDAS

Tivemos emocionantes despedidas dos amigos e colegas de trabalho, sempre regadas a palavras sinceras sobre o companheirismo dos últimos quatro anos vivendo em São Raimundo. A sensação de todos é de que formamos uma família lá, nos apoiando na ausência e na distância de nossos parentes de sangue.

Chorei. Muito. Chorei tudo o que eu tinha direito, por vários dias antes de fechar pela última vez a casa onde passamos quatro anos. Chorei vendo o quarto que decorei com tanto carinho para meu filho, meu Vinícius são-raimundense, nascido naquela terra do Piauí, filho da Serra da Capivara, que levarei para sempre em minha família e meu coração. Chorei pensando nas horas sem fim que vivi em trabalho de parto dentro daquela casa. Nos dias deitada na rede esperando Vini nascer, depois nos dias deitada o amamentando.

Chorei pensando nas amizades/irmandades que lá conquistei. Lembrando que lá passei no vestibular de novo, comecei um novo curso, redirecionei minha carreira atuando como professora, tive dezenas de alunos que até hoje dizem sentir minha falta.

Até que era hora de colocar Tommy na estrada de novo para que ele conhecesse sua nova casa.

A ESTRADA

Saímos de São Raimundo para Quixadá cedinho, por volta das 7h30, pela BR-020, minha boa e velha estrada por onde eu viajava a cada 15 dias para estudar em São João do Piauí. Passamos por Simplício Mendes e Isaías Coelho. Neste último município há uma obra de uma ponte sobre o rio Canindé que há anos ameaça cair, mas recentemente o governador do Piauí liberou mais recursos. Será que finalmente acabam esse serviço? Bem, há um desvio tranquilo, sem água, por onde passamos enquanto a obra acontece.

Até mais, São Raimundo!

Até mais, São Raimundo! Vista para a Serra da Capivara.

Obra na ponte sobre o rio Canindé em Isaías Coelho (PI)

Obra na ponte sobre o rio Canindé em Isaías Coelho (PI)

Desvio

Desvio

Desvio

Desvio

Continuação da BR-020 após a ponte: boas condições

Continuação da BR-020 após a ponte: boas condições

De lá seguimos para Picos ainda pela BR-020, passando por Itainópolis. Paramos para almoçar cedinho e dirigimos rumo a Tauá (CE), onde entramos para a BR-404. Direto para Quixeramobim, chegando rapidinho a Quixadá.

Foram 700km, em cerca de 8 horas de viagem contanto com a parada para o almoço.

Monólitos anunciam chega a Quixadá

Monólitos anunciam chega a Quixadá

EPISÓDIO

Pela primeira vez, Tommy não se sentiu bem na viagem. Antes de chegarmos a Picos, ele teve um desarranjo intestinal e fez número 2 na caixinha de viagem. Por sorte, estava durinho e tínhamos bastante papel para limpar. Já em Picos, no almoço, ele teve diarreia. Resolvemos deixá-lo em jejum para que ele não enjoasse mais.

Tommy viajando na caixinha

Tommy viajando na caixinha, no banco de trás ao lado de Vinícius.

Suspeitamos que ele tenha passado mal por causa de uma comida dada pela pessoa que trabalhava conosco no dia da mudança. Foi uma mistura grande de arroz, feijão e ração. A boa notícia é que ele melhorou assim que chegou a Quixadá. Eliminou o que estava fazendo mal, voltou a comer apenas ração e se animou.

Vini avistando Quixadá pela primeira vez

Vini avistando Quixadá pela primeira vez

ADAPTAÇÃO

Tommy está mais livre na nova casa. Passa o dia inteiro solto e está bem mais obediente. Brinca muito com Vinícius, que também está com maior liberdade para transitar entre a varanda e o quintal. Embora os dois estejam em uma fase “entre tapas e beijos“, pois um provoca muito o outro (seja Vini ‘estacionando’ o carrinho na porta da casa de Tommy, seja Tommy roubando a comida dele).

Vini curtindo a mudança

Vini curtindo a mudança

Todo arrumadinho após o banho no pet shop

Todo arrumadinho após o banho no pet shop

Aqui já encontramos um bom pet shop para banhos e em breve o levaremos ao veterinário para fazer um check up, afinal de contas, o rapazinho está prestes a completar 9 anos de vida!

Apenas continuamos de mãos atadas por não termos hotelzinho na cidade para deixá-lo em caso de necessidade.

Temos que avaliar opções em Fortaleza ou deixá-lo em casa com uma cuidadora. São cenas para o próximo capítulo.

 

 

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Bem-vindos à terra da pedra da Galinha Choca!

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SRN – Fortaleza: novos caminhos

Já havíamos feito duas viagens de carro a Fortaleza em dezembro 2012, inclusive hospedamos Tommy lá e demos a dica do canil Alfhaville Dog, mas desta vez, em dezembro de 2015, a nossa rota foi bem diferente. Agora nosso intuito era conhecer Quixadá (CE), e depois seguir para resolver nossos compromissos em Fortaleza.

Para isso, começamos a viagem deixando Tommy em um hotelzinho de confiança que conhecemos no ano passado – e do qual gostamos muito – o Canil Porto Blanc. Seguimos nosso mesmo caminho de sempre: de São Raimundo a Remanso (BA) e de lá pela BR-235 para Petrolina. Na época, ainda não havia começado a chover, portanto a pista estava em perfeitas condições.

Caminho de Petrolina a Juazeiro do Norte pela BR-122

Caminho de Petrolina a Juazeiro do Norte pela BR-122

De lá, na mesma manhã, seguimos para Juazeiro do Norte (CE), onde dormimos uma noite. Fomos direto pela BR-122, que também apresentava boas condições. Em Pernambuco, passamos por Lagoa Grande, Santa Cruz, Ouricuri e fizemos a visita tão sonhada a Exu, terra de Luiz Gonzaga. Visitamos a casa onde ele morou no fim de sua vida, o museu, seu mausoléu e a casa de Januário, seu pai. Foi uma visita emotiva! Além de ter contato com tantas recordações da vida dele – a casa praticamente intacta, seus objetos pessoais, instrumentos, prêmios – ainda fiquei alucinada com os pés de seriguela do local.

Exu - terra do rei do Baião, Luiz Gonzaga

Exu – terra do rei do Baião, Luiz Gonzaga

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Pé de seriguela carregado: um sonho!

Pé de seriguela carregado: um sonho!

A viagem durou cerca de 9 horas neste primeiro dia, sem contar com a parada para o almoço. Descansamos em Juazeiro do Norte e seguimos cedinho no dia seguinte para Fortaleza, por Quixadá. Fomos pela Rodovia Padre Cícero (CE-153), que passa por uma região serrana nos arredores de Juazeiro, cheia de curvas e um pouco enjoativa. Passamos por Orós e depois entramos na BR-226 até Solonópole. Lá pegamos a BR-122.

Estrada de Juazeiro do Norte a Quixadá, pela Rodovia Padre Cícero (CE-153), BR-226 e BR-122

Estrada de Juazeiro do Norte a Quixadá, pela Rodovia Padre Cícero (CE-153), BR-226 e BR-122

Em cerca de 4h30 de viagem estávamos em Quixadá, a tempo de almoçar em um restaurante maravilhoso chamado Pé de Serra. Comemos carré de carneiro, arroz de queijo e uma cocada DI-VI-NA de sobremesa. Ela pode vir acompanhada por sorvete também, ou seja, pecado duplo! Uma perdição. Nesse restaurante há uma loja que vende artesanatos da região e muitos produtos alimentícios com carne de carneiro. Linguiça, kafta (nós provamos e recomendamos), cortes especiais. Tudo no capricho!

Chegando a Quixadá - BR-122

Chegando a Quixadá – BR-122

Monólitos cercam a cidade

Monólitos cercam a cidade

Chegando ao restaurante Pé de Serra

Chegando ao restaurante Pé de Serra. Na época, ainda estava tudo seco, mas choveu em janeiro, portanto a paisagem deve estar diferente agora.

Cocada para sobremesa. Ainda tem uma versão chamada Choque Térmico, acompanhada por sorvete.

Cocada para sobremesa. Ainda tem uma versão chamada Choque Térmico, acompanhada por sorvete.

Demos uma passada rápida por Quixadá. Gostei de termos chegado num domingo. Assim deu para transitar com calma pelo Centro, ver o comércio, conhecer os estabelecimentos. Passamos pelo campus da Universidade Estadual do Ceará (Uece), a Feclesc. Sem dúvida é uma cidade de porte maior do que estamos acostumados em São Raimundo. Aqui só tem um semáforo. Lá tem incontáveis! ehehehehe As ruas também são mais urbanizadas, mais planejadas. O comércio mais forte e a oferta de especialidades médicas também.

Turistamos um pouco. Fomos direto ao Açude do Cedro, passando por uma área de reserva ambiental federal onde estão localizados os campi da Universidade Federal do Ceará (UFC) e Instituto Federal do Ceará (IFCE). O açude é muito lindo, é o mais antigo do país, tendo sua construção iniciada por D. Pedro II. Tem um longo paredão onde os adultos podem fazer boas caminhadas, mas não recomendo este passeio com crianças, pois as correntes de “segurança” não são capazes de impedir um grave acidente.

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De lá admiramos a paisagem da pedra da Galinha Choca, uma bela e única formação rochosa. Lembrei constantemente do filme “O Cangaceiro Trapalhão” (1983) e da cena em que ovos de ouro gigantes rolam pela terra seca.

Por fim, finalmente seguimos rumo a Fortaleza. Optamos pelas BRs-122 e 116, por acreditarmos que a viagem seria mais rápida. São trechos bastante movimentados com caminhões, mas na região metropolitana de Fortaleza as pistas são duplicadas. Em cerca de 2h30 chegávamos ao nosso destino final. quixada-fortaleza

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São Raimundo Nonato (PI): barragem Petrônio Portela

Continuando nossos passeios pela zona rural de São Raimundo Nonato durante o Carnaval, tiramos um dia para almoçar no restaurante Trilha da Capivara, que fica localizado no Sítio do Mocó, bem no “pé” da Serra da Capivara, próximo a uma das principais entradas do Parque Nacional.

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Caminho para o sítio do Mocó: verde e cheio de borboletas

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Caminho para o restaurante Trilha da Capivara, no sítio do Mocó. Entrada para o Parque Nacional Serra da Capivara.

Depois tivemos a ideia de aproveitar o retorno para casa pela BR-020 e entrar pela estação elevatória d’água para conhecer a barragem Petrônio Portela, conhecida popularmente aqui na região como Barragem da Onça. Seguimos 25 km de estrada de barro, até finalmente encontrarmos o local.

Mesmo tendo água do rio Piauí a perder de vista, sabemos que a situação ainda não é das melhores. O açude saiu do volume morto devido às chuvas que caíram na região de dezembro de 2015 a janeiro de 2016. Antes, estava muito pior. A região viveu uma seca prolongada.

Apesar do calor pedir, não nos arriscamos a tomar banho lá sem saber da qualidade da água. Lembrando que é esta a água que nós recebemos em casa na zona urbana de São Raimundo, no entanto, ela chega bastante suja! Algumas lavagens de roupas claras ou brancas precisam ser refeitas, porque a água é barrenta.

Foto atual da barragem (fevereiro/2016)

Foto atual da barragem (fevereiro/2016)

Foto aérea da barragem (Divulgação/Prefeitura de SRN)

Foto aérea da barragem (Divulgação/Prefeitura de SRN)

Foto atual da barragem (fevereiro/2016)

Foto atual da barragem (fevereiro/2016)

 

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Como está o desvio na BR-235, entre Remanso e Casa Nova (BA)

As chuvas do mês de janeiro no Nordeste foram muito sonhadas pelos agricultores, mas trouxeram alguns prejuízos às estradas que ligam os estados da Bahia e do Piauí. A cidade de Dom Inocêncio (PI), por exemplo, passou mais de um mês ilhada por conta dos alagamentos, o que deixou desassistidas pessoas doentes, idosas e gestantes que necessitavam de atendimento médico especializado e avançado.

Para os viajantes, uma grande surpresa no caminho foi a cratera aberta pela água no km 350 da BR-235, que liga os municípios de Casa Nova e Remanso, na Bahia. O percurso é muito utilizado por nós que precisamos sair de São Raimundo Nonato para Petrolina (PE), tanto a passeio quanto para utilizar o aeroporto com outros destinos.

Após um mês temendo usar esta rodovia, com receio de nos depararmos com um desvio longo ou complicado, finalmente desmistificamos o caminho. O desvio é muito curto – não chega a ter 1 quilômetro de distância – e foi feito muito próximo ao leito do rio. Passamos tranquilamente, sem problemas. Porém, como foi a força da água que derrubou o trecho da rodovia, ficamos desconfiados.

Desvio no km 350 da BR-235 (BA)

Desvio no km 350 da BR-235 (BA)

Desvio no km 350 da BR-235 (BA)

Desvio no km 350 da BR-235 (BA)

Vale uma ressalva: apesar de estar seco atualmente, percebemos que qualquer chuva mais forte irá alagar o desvio, o que tornará impossível transitar por ali novamente.

É importante termos um posicionamento crítico quanto à estrutura dessas obras. Não acredito que a culpa seja da chuva, mas sim da precariedade da infraestrutura. Há cerca de três anos este trecho da BR-235 na Bahia foi revitalizado. A época era de seca, mas bastaram as primeiras chuvas para que tudo fosse por água abaixo, literalmente. Isso nos leva a questionar as autoridades (o DNIT) sobre a qualidade das obras. Durante todo o percurso entre Petrolina e Remanso vemos a BR passar por cima de riachos; por isso, seria prudente calcular o que aconteceria com a estrada quando a correnteza aumentasse.

SITUAÇÃO DA BR-020 ENTRE DIRCEU ARCOVERDE (PI) E REMANSO (BA)

Apesar do DNIT ter criado uma alternativa rápida para podermos passar de Remanso a Casa Nova na BR-235, o mesmo não podemos dizer sobre o trecho da BR-020 na Bahia, entre Dirceu Arcoverde e Remanso. Continua sendo a pior pista do Brasil! Totalmente de barro, toda esburacada. Um atraso na vida dos piauienses e baianos que precisam viajar por ali!

Depois da chuva, ficou ainda mais esburacada. E não é só por aqui “nas nossas bandas”. Vejam abaixo os links das reportagens sobre o estado da BR-020 em outras localidades:

Jornal Nacional: Estradas que ligam sedes da Copa têm trechos em obras e com buracos 

Chuva aumenta cratera em trecho da BR-020, no oeste da Bahia

BR-020 é a rodovia em pior estado no Rio Grande do Sul

Felizmente, a parte do Piauí está bem melhor! de Dirceu Arcoverde a São Raimundo Nonato está em perfeitas condições, totalmente asfaltada. Quando passamos, estava inclusive recebendo a sinalização horizontal. De SRN até São João do Piauí e Simplício Mendes também está OK.

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Opções de lazer no Cariri cearense

Estamos apaixonados pelo Cariri cearense! Como paraibanos, nossa noção de Cariri era de uma região muito seca. Depois de alguns anos transitando por esta região do Ceará, vimos que lá é bem diferente. É quente, sim, mas muito verde e rica, cheia de água! Em novembro de 2015 tivemos a felicidade de passar um feriado lá, enquanto Tommy estava hospedado no hotelzinho do Clivet Pet Shop. Confira abaixo alguns dos passeios que indicamos:

CENTRO DE CULTURA POPULAR MESTRE NOZA

Centro de artesanato e artes manuais localizado no Centro comercial de Juazeiro do Norte. Lá compramos lindas sandálias estilo “Maria Bonita”, bem coloridas e trabalhadas em couro, para presentear e vender.

Centro de Cultura Popular Noza

Centro de Cultura Popular Noza

Estas lindas sandálias saem bem mais em conta no Centro de Juazeiro. Em aeroporto e shoppings elas chegam a custar 100% a mais.

Estas lindas sandálias saem bem mais em conta no Centro de Juazeiro. Em aeroporto e shoppings elas chegam a custar 100% a mais.

ARAJARA PARK

Este parque aquático fica localizado em Barbalha, vizinho a Juazeiro do Norte, em área alta e mais fresca no sopé da Chapada do Araripe. Lá nos divertimos em piscinas interligadas por rampas molhadas. Também tem toboágua, restaurantes. Visitamos dentro dele a Gruta do Farias, uma nascente d’água cristalina, bem geladinha.

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BALNEÁRIO DO CALDAS

O balneário do Caldas tem fontes de águas minerais, piscinas, parquinhos, quadras para esportes, restaurantes e muito verde! É uma área enorme de lazer. Também fica localizado no distrito de Caldas, no município de Barbalha. Vale a pena se programar para passar o dia inteiro lá. Outra opção é hospedar-se no Hotel das Fontes, anexado ao balneário. O valor da diária já inclui o acesso ao local.

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COLINA DO HORTO – ESTÁTUA DE PADRE CÍCERO

Mais um ótimo passeio em Juazeiro do Norte. Lá de cima dá para apreciar a vista de toda a região. Também há lojas de artesanato.

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RESTAURANTES E SHOPPING

Fizemos excelentes refeições em Juazeiro do Norte nos restaurantes Sirigado do Pedro e Pasto & Pizzas. O Cariri Garden Shopping também tem boas opções de cinema, praça da alimentação, famosas franquias e lojas âncoras de padrão nacional.

Ficam as dicas!

SERVIÇO

Clivet Pet Shop: https://www.facebook.com/clivet.petshop

Arajara Park: http://www.arajarapark.com.br/

Balneário do Caldas: http://balneariodocaldas.com.br/site/

Cariri Garden Shopping: http://caririgardenshopping.com.br/

Sirigado do Pedro: http://www.sirigadodopedro.com.br/

Pasto & Pizzas: http://pastoepizzas.com.br/

Imperial Palace Hotel: http://www.imperialpalacehotel.tur.br/

Santa Rosa Hotel: https://www.facebook.com/santarosahotel

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São Raimundo Nonato (PI): distrito de São Vitor

As opções de lazer começaram a ficar repetitivas em nossas vidas após quase quatro anos morando em São Raimundo Nonato, no Sudeste piauiense. A necessidade de conhecer lugares novos sem precisarmos viajar 400 km nos levou até lugares sobre os quais os moradores da cidade sempre falavam, ressaltando os aspectos históricos. Assim, em um domingo depois do almoço, resolvemos nos aventurar pelo distrito de São Vitor, um povoado localizado na zona rural.

O passeio começou pela BR-020. Logo após passarmos pelo IFPI (no sentido Campo Alegre de Lourdes – BA), entramos à esquerda pela lateral do Condomínio Serra da Capivara. De lá seguimos 30 km pela estrada de barro até a comunidade. Na estrada, nos deparamos com uma mata verde ressuscitada pelas chuvas, muitos animais e grandes lajedos.

Uma das pedras que compõem os atrativos naturais de São Vitor

Uma das pedras que compõem os atrativos naturais de São Vitor

Povoado

Povoado

Os atrativos naturais do povoado são a pedra, a lagoa e o morro; quem tem a oportunidade de subir a pedra ganha de brinde uma visão panorâmica da região. Infelizmente, não pudemos realizar este feito. Primeiro porque não tínhamos guia ou moradores da região nos acompanhando; segundo, porque estávamos com Vini; terceiro, porque chegamos lá por volta das 14h, e o sol estava de rachar!

Infelizmente, devemos relatar aqui que a lagoa estava bastante suja: havia muitos resíduos de lixo boiando na água, especificamente garrafas PET e embalagens plásticas.

Pedra do São Vitor

Pedra do São Vitor

Lagoa do São Vitor

Lagoa do São Vitor

No mais, foi bom admirar a região e ver de perto as mudanças que a chuva promove na paisagem.

Estrada para a comunidade na época da seca, em 2014 (Foto: Nívia Dias/Univasf)

Estrada para a comunidade na época da seca, em 2014 (Foto: Nívia Dias/Univasf)

Lagoa de São Vitor seca em 2014 (Foto: Nívia Dias / Univasf)

Lagoa de São Vitor seca em 2014 (Foto: Nívia Dias / Univasf)

Vista do alto da pedra do São Vitor (Nívia Dias/Univasf)

Vista do alto da pedra do São Vitor (Nívia Dias/Univasf)

IMPORTÂNCIA HISTÓRICA

A comunidade de São Vitor é conhecida como território quilombola. Lá também há um sítio arqueológico e paleontológico. O local é um ponto de estudo da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e uma das pesquisadoras mais ativas por lá é a professora Nívia Paula Dias de Assis.

Segundo Nívia, em texto fornecido à assessoria de imprensa da Univasf em 2014, São Vitor é um sítio arqueológico e paleontológico que começou a ser estudado na década de 1970. Na região já foram realizados eventos com a finalidade de promover o turismo e resgatar os valores históricos, culturais e naturais de seu povo.

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DNIT libera tráfego na BR-235 entre Remanso e Casa Nova (BA)

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) anunciou no dia 5 de fevereiro que liberou o tráfego na rodovia BR-235/BA, na altura do km 350, entre as cidades de Remanso e Casa Nova. Os veículos de passeio e os caminhões de pequeno porte devem transitar por meio de desvio construído provisoriamente, até que se faça o aterro definitivo.

Desvio na BR-235/BA (Foto: Reprodução/Blog Carlos Britto)

Desvio na BR-235/BA (Foto: Reprodução/Blog Carlos Britto)

Desvio na BR-235/BA (Foto: Reprodução/Blog Carlos Britto)

Desvio na BR-235/BA (Foto: Reprodução/Blog Carlos Britto)

Em janeiro as fortes chuvas que caíram na região provocaram a interdição total da rodovia.

remanso

De acordo com o órgão, o volume pluviométrico foi tão grande que formou um rio. As galerias não suportaram a vazão excessiva e romperam a pista.

Obra de desvio (Foto: Reprodução/Blog Lucas Nunes)

Obra de desvio (Foto: Reprodução/Blog Lucas Nunes)

 

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