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Nature Pet Hotel – Juazeiro (BA)

Desde que nos mudamos para São Raimundo Nonato há três anos e passamos a frequentar Petrolina, conhecemos a casa da veterinária Mariana Fontalvo na cidade vizinha – Juazeiro (BA) – e encontramos uma boa opção de hospedagem para Tommy. Sempre foi tranquilo deixá-lo lá quando passávamos um feriado no vale do São Francisco ou mesmo quando precisávamos pegar um voo de Petrolina a Recife para matar a saudade de João Pessoa em algum feriado meio apressado, sem a oportunidade de viajarmos de carro.

Tommy no Nature Pet Hotel

Tommy no Nature Pet Hotel

Nós já havíamos falado sobre a hospedagem em Juazeiro, mas de um ano para cá parte do terreno da casa recebeu uma grande obra e o local se profissionalizou, com a construção de canis, clínica, recepção e espaço para banho. Também há um espaço para hospedagem de gatos – o gatil. Agora chama-se Nature Pet Hotel e já saiu até em reportagem na TV. Para quem vai de carro, há placas para localizá-lo.

Nova fachada

Nova fachada (Foto: Reprodução/Facebook)

Vista dos canis

Vista dos canis (Foto: Reprodução/Facebook)

Atualmente, a diária para cães do porte de Tommy custa R$ 40. Dependendo da quantidade de diárias, é possível negociar um desconto. Os cães ficam em ambientes separados para dormir ou descansar, mas durante o dia têm momentos de passeio no jardim, com grama, água fresca e socialização.

Ele ama a grama (Foto: Reprodução/Facebook)

Ele ama a grama (Foto: Reprodução/Facebook)

Como sempre, no check-in é feita uma avaliação da carteira de vacinação do hóspede. Durante a estadia, as cuidadoras postam fotos dos nossos filhotes no Facebook.

É mais um local que recomendamos, pois é seguro (tem grades entre o espaço da hospedagem, a clínica e a rua) e a equipe é confiável.

SERVIÇO
NATURE PET HOTEL
Endereço:
 Avenida Formosa, 3333, Antônio Conselheiro. Juazeiro – BA.
Telefones: (74) 3614-0587 (Fixo) / (74) 8804-1550 (Oi) / (74) 9198-2755 (Tim)
E-mail: naturepethotel@hotmail.com

Blog: http://naturepethotel.blogspot.com.br/
Facebook: https://www.facebook.com/naturepethotelresort

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Maria Antonieta na boca do lobo

Era para ser somente um feriado tranquilo hospedado em Juazeiro (BA), mas para Tommy foi a oportunidade de elevar o nível de suas habilidades com a caça. Sim, ele deve ter se sentido o máximo abatendo uma galinha, em vez dos inocentes passarinhos que costumavam frequentar a nossa casa em São Raimundo Nonato (PI) até pouco tempo. O triste fim de Maria Antonieta aconteceu bem na Semana Santa. Para quem já havia sobrevivido a um gato, vários cachorros e um cavalo, acredito que ela nunca esperava a mordida de uma visita de, no máximo, uns 50 centrímetros. Mas aconteceu…

A nova aventura de Tommy na estrada começou na tarde da quarta-feira (24 de março), quando viajamos no carro em direção a Petrolina/Juazeiro. Já estava tudo combinado para o rapazinho ficar na casa da veterinária Mariana Fontalvo, com quem ele já havia se hospedado outras duas vezes. Chegamos à noite, deixamos o Tomilho junto com a bicharada que mora na casa e embarcamos de avião rumo a Recife, com destino final para os braços da família em nossa terra natal, João Pessoa.

*Conheça mais sobre a hospedagem em Juazeiro

Tommy conferindo o visual antes de começar a viagem para Juazeiro (BA)

Tommy conferindo o visual antes de começar a viagem para Juazeiro (BA)

Eu e Seu Carlinhos passamos três dias matando as saudades na capital paraibana, aproveitando tudo que os novos “matutos” têm direito: piscina, praia, sol, frutos do mar… De volta a Juazeiro, ao buscar Tommy a surpresa: a estadia havia sido supertranquila, segundo a própria veterinária, com o porém de que Tommy comeu a última das galinhas que estava sendo criada na casa! Se ficamos tristes? Sim! Surpresos? Não… visto que ele já estava treinando em nossa casa em SRN (o que havíamos comentado com o pessoal), era de se esperar que um dia ele subisse de faixa, assim como os lutadores de artes maciais.

A própria Fontalvo nos acalmou: “é assim mesmo, é o instinto animal, normal, não se preocupem”. Realmente, é nessas horas que a gente vê que aquele peludinho cheio de dentes tratado em nossa casa como um bebê é, no fundo, um animal. (Ei,  nós humanos também somos!). Eu, Karol, já havia presenciado cenas de horror :p quando o danadinho do Tommy encontrou um passarinho com a asa machucada na área de serviço de nossa humilde residência. O coitado do pardal pulava, tentava alçar voo, mas quanto mais ele se esforçava mais Tommy parecia ficar irritado e determinado a capturá-lo.

Casa recheada de ninhos: até pouco tempo caíam muitos ovos e pardais recém-nascidos no quintal

Casa recheada de ninhos: até pouco tempo caíam muitos ovos e pardais recém-nascidos no quintal

 

Há CINCO ANOS pessoas da família já haviam nos alertado que ele comera um passarinho na casa onde moramos no bairro do Bessa, em João Pessoa. Nós, inocentes, não acreditamos. Desde então vimos ao vivo e em cores pelo menos uns três ataques.

Pois é, pois é… como diz Seu Carlinhos/psicólogo/cientista/etc. é a natureza agindo, os instintos aflorando, a cadeia alimentar falando mais alto. Tal como um lobo, Tommy não resiste a uma caçada, seja a um gafanhoto, um besouro, uma borboleta, um pardalzinho… afinal de contas, quem aguenta ração a vida toda e resiste a uma porçãozinha de proteína animal dando sopa no quintal?

Só nos resta lamentar pela coitadinha da Maria Antonieta… que descanse em paz!

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A jornada São Raimundo-Salvador

A mudança de carro de Campina Grande (PB) para São Raimundo Nonato (PI) foi um bom treino para o que estava por vir quando decidimos fixar residência no interior piauiense. Como já falei em outros posts, a nossa Serra da Capivara é uma preciosidade nordestina, mas bastante isolada de outros municípios, o que torna qualquer viagem um desafio à nossa paciência. Se antes levávamos apenas uma hora e vinte minutos entre Campina Grande e João Pessoa para estar perto de nossos parentes e amigos, agora são mil quilômetros em dois dias de carro até que possamos matar a saudade. No caso de compromissos profissionais em Teresina ou mesmo um simples fim de semana de diversão em Petrolina e Juazeiro, temos que enfrentar de cinco a sete horas de carro com Tommy à tiracolo até chegar ao destino final.

Eis que em agosto surgiu um grande desafio: 900 km de estrada e doze horas de direção para que o nosso Carlinhos pudesse defender sua tese de doutorado na Universidade Federal da Bahia, em Salvador. Sim, tudo isto de carro, pois ainda não tínhamos (e ainda continuamos não tendo) onde hospedar Tommy em São Raimundo durante nossa ausência. A outra alternativa seria ir de avião de Petrolina a Salvador.

O CAMINHO

SRN – Afrânio – Juazeiro – Salvador: evitamos a estrada por Remanso devido às más condições

Em todas as nossas viagens sentido Sul, em vez de seguir por Remanso (BA) e Sobradinho – o que nos pouparia algumas horas – temos que desviar por Afrânio (PE). O trecho baiano é cheio de buracos, a estrada ainda é predominantemente de barro e há risco assaltos.

HOSPEDAGEM DE GENTE

Para encarar o longo caminho, sabíamos que não conseguiríamos dirigir isso tudo em um só dia. Afinal de contas, seriam 12 horas que se estenderiam para 14 horas somando as paradas para alimentação, banheiro e, claro, para o nosso cachorrinho esticar as patinhas. Sem levar em consideração o cansaço nosso e do bichinho. Ou seja, melhor seguir viagem devagar, dormir no caminho e transformar esta jornada em algo divertido para a família.

Família Tommy pronta para a estrada!

A parada escolhida foi o bom e velho rio São Francisco. Na pesquisa por telefone, descobri que nenhum pet shop de Petrolina (PE) ou Juazeiro (BA) trabalhava com hospedagem para cachorros. [Até então eu não havia chegado ao nome da veterinária Mariana Fontalvo, de Juazeiro, com quem deixei Tommy em dois fins de semana de outubro]. A alternativa que encontrei foi apelar para os hoteis de “gente” mesmo. Nenhuma resposta em Petrolina (definitivamente não é uma cidade “dog friendly”), mas em Juazeiro as almas caridosas do Hotel Rio Center decidiram nos aceitar.

Só posso dizer que a noite foi tensa! Passeamos na orla, fomos comer uma pizza com Tommy na coleira latindo para o garçom e, mesmo depois de um dia inteiro de distrações na estrada, o danadinho ainda estava bastante agitado quando voltamos para descansar no quarto do hotel. Nosso maior desafio era fazê-lo não latir para todo mundo que passava no corredor. Afinal, ninguém quer ser expulso de um hotel, nem arranjar inimizades com os funcionários, que poderiam nos banir para sempre da única opção de estadia que havíamos conseguido. Ao contrário do que pensamos, no outro dia de manhã fomos muito bem atendidos e não recebemos nenhuma reclamação. O hotel é bastante simples, mas o café da manhã é uma delícia e a receptividade – principalmente na nossa situação tão “delicada” – ganharam nossa simpatia.

Passeio na orla e anoitecer em Juazeiro (BA)

HOSPEDAGEM PARA CÃES EM SALVADOR

No dia seguinte, partimos para Salvador pela BR-407. Do clima semiárido sertanejo ao verde intenso e úmido do litoral, tivemos a oportunidade de ver lindas paisagens. Uma das surpresas foi a visão de longe do município de Senhor do Bonfim no inverno, encoberto por uma névoa e por uma vegetação densa. Também pudemos apreciar as grandes formações rochosas entre Riachão do Jacuípe e Feira de Santana. A passagem por Feira, inclusive, foi bastante demorada por causa de uma obra. Dor de cabeça naquela época, mas hoje é apenas um pequeno incômodo nas ótimas lembranças que trouxemos da nossa semana na terra de todos os santos!

Formações rochosas são uma atração de encher os olhos na estrada baiana

Na chegada a Salvador, fomos direto ao pet shop onde deixaríamos Tommy hospedado. Havíamos feito duas reservas, uma na casa de um veterinário e outra em um canil. Se não tivéssemos nos prevenido, tudo teria dado errado. Isto porque quando chegamos ao Vip Dog e Cia., cujo proprietário iria receber Tommy em sua casa, fomos orientados por uma funcionária apenas a deixar o nosso peludinho no pet shop e de lá ele seria levado para a casa. Não teríamos a oportunidade de conhecer as instalações para onde ele seria levado e sequer tivemos contato com o veterinário que iria se responsabilizar por ele. Ou seja, negócio desfeito. Profissionalismo zero, portanto confiança zero da nossa parte. Saímos do pet shop localizado no bairro da Pituba para nunca mais voltar. Somente cinco depois foi que recebemos uma ligação do veterinário para saber o que havia acontecido. Sim, cinco dias até perceberem que algo havia dado errado.

A salvação foi a segunda alternativa que havíamos deixado reservada. A Clivepa, localizada na praia de Patamares, compensou a dor de cabeça inicial nos atendendo com todo o profissionalismo necessário. O estabelecimento trabalha com pet shop, salão de beleza, hotel e clínica. Há um espaço para pacientes e outro separado para os hóspedes, portanto eles não têm contato. Cada cachorro fica em um canil e passeia uma vez por dia. Não é o meu sonho de hotelzinho, mas o espaço dos canis é bastante amplo e os funcionários têm afinidade com os bichinhos, o que me deixou mais aliviada.

Canil da Clivepa é espaçoso (Foto: Divulgação/Site da Clivepa)

Primeiro, Tommy foi levado para uma “consulta”: na nossa presença, ele foi examinado e a carteira de vacinação foi avaliada com todas as comprovações de vacinas e procedimentos necessários para a hospedagem (vacinas antirrábica, tosse de canil e polivalente e coleira TEA antipulgas/carrapatos ou aplicação de Frontline). Também aproveitamos para solicitar a coleta de sangue para o exame que permite a vacina contra leishmaniose (explicaremos em outro post).

Nos dias seguintes da hospedagem tivemos a oportunidade de ligar algumas vezes para checar como o nosso Tomilho estava se saindo. Os atendentes consultavam a ficha com um histórico do dia e nos repassavam as informações. Como o estabelecimento funciona 24 horas, sempre havia um veterinário de plantão para nos prestar informações. Fizemos uma visita durante a semana para acompanhar a coleta de sangue para o exame da leishmaniose e pudemos amenizar a saudade. No fim do período, nosso filhote foi devolvido tomado banho e cheiroso. O resultado do exame, que só sairia em alguns dias, foi enviado por e-mail.

Nossa avaliação da Clivepa foi positiva, devido à disponibilidade da equipe em tirar nossas dúvidas por telefone e em abrir o espaço para que pudéssemos fazer visitas diárias, embora não tenha sido necessário irmos todos os dias. É o tipo de hotelzinho que funciona sempre como uma alternativa caso não encontremos a hospedagem ideal, que permite mais liberdade aos bichinhos, com mais atividades de lazer e creche, a exemplo do Pet of Dreams, em Teresina.

*Durante nossa estadia em Salvador, nos deparamos com um “estacionamento para cães” na delicatessen onde tomávamos café! Escrevi um post sobre esta curiosidade, vai lá!*

VOLTA PARA CASA

No retorno, voltamos ao Hotel Rio Center (de Juazeiro) para dormir e deu tudo certo. Porém, não poderíamos deixar de registrar um momento muito agradável da viagem ainda em estrada baiana. Depois de passarmos duas horas no trânsito somente para sair de Salvador e de pegarmos mais uma hora de congestionamento nas obras de Feira de Santana, paramos para almoçar em um restaurante muito simpático, limpo, organizado e bem decorado na BR-324. Infelizmente, o tempo traiu a minha memória e eu não consigo lembrar o km nem o nome exato do local! Sei que a comida é mineira e o restaurante tem jeitinho de casa de sítio! Uma beleza!

Além da refeição deliciosa, eu e Carlos pudemos nos revezar enquanto o outro cuidava de Tommy. Não faltou distração. O nosso peludinho fez amizade com um baby bode e ficou de olho nos bichinhos que são criados na redondeza. Foi uma experiência agradável que diminuiu o estresse da saída de Salvador e Feira. Recomendamos a parada! A única referência que tenho para dar é que o estabelecimento fica no sentido Feira – Salvador. Vale a pena!

Tommy acossando o baby bode: amor à primeira vista

Curiooooso…

SERVIÇO

Hotel Rio Center
Rua Conselheiro Saraiva, 32, Juazeiro – BA
(74) 3611-2103

Clivepa
Clínica 24 horas, salão de beleza, pet shop e hotelzinho
Avenida Otávio Mangabeira, 2159 A, Patamares, Salvador – BA
(71) 3461-0666/0667
http://www.clivepa.com.br/

*Este post NÃO É publicitário

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Vale do São Francisco (parte 3): turismo

Como disse em um post anterior, finalmente tivemos a oportunidade de conhecer Petrolina e Juazeiro como turistas. Curtir mesmo, sem nenhuma preocupação ou compromisso. Tommy não participou dos passeios, mas posso garantir que ele ficou bastante confortável brincando com a bicharada na hospedagem da Veterinária Fontalvo (leia aqui os detalhes). Seguimos rumo ao Vale do São Francisco para o feriadão de Nossa Senhora da Conceição/Dia das Crianças, mas tivemos a oportunidade de voltar exatamente uma semana depois e fizemos mais alguns passeios.

Ponte Petrolina-Juazeiro: dois estados, um só rio (não reparem o tempo nublado, num instante passou)

BODÓDROMO

Na sexta-feira (12), chegamos a Petrolina bem na hora do almoço, então nada melhor do que matar a saudade do Bodódromo apreciando as carnes oficiais do povo nordestino: bode e carneiro. Aqui em casa preferimos o carneiro. Pode ser na brasa ou o filé na chapa, sempre ficamos com água na boca só de pensar. Chegando ao local, já nos surpreendemos com a infraestrutura e suas melhorias desde que estivemos lá pela última vez, há cinco anos. Bastante vaga para estacionamento, ambiente limpo e arborizado, muitos restaurantes organizados, decoração bacana. Tudo concentrado em um só lugar. Almoçamos um dia no Bode do Curaçá e no outro no Geraldo, ambos aprovados. Soubemos que à noite fica lotado, com grupos tocando forró, pagode, samba… tipo de programa que preferimos evitar, mas fica a dica para quem gosta.

Achei que Campina Grande (PB), nosso antigo lar, poderia se inspirar em Petrolina para criar um local assim, que funcionasse o ano inteiro, não se limitando apenas às barracas do São João no Parque do Povo. Tudo bem, são os mesmos restaurantes que podemos encontrar nas ruas de Campina Grande abertos de janeiro a dezembro, mas vamos combinar que o apelo turístico em todas as épocas do ano cresce muito mais quando existe uma “marca” (tal como Bodódromo) e um point para turistas e moradores frequentarem o ano todo.

Bodródomo: muita comida típica, estacionamento amplo e organização. Olha um Camaro branco!

PIZZARIA ROMEU E JULIETA

Para o jantar, resolvemos conhecer a pizzaria Romeu e Julieta, em Juazeiro. Já tínhamos pedido quando estávamos hospedados em um hotel de Juazeiro em viagem a Salvador em agosto. O ambiente é inspirado em um castelo medieval, guardadas as devidas proporções, e a pizza que chamo de Marguerita (mas lá tinha o nome de Napolitana) estava muito saborosa! Massa artesanal, forno a lenha e muito queijo.

Clima medieval e forno a lenha na pizzaria Romeu e Julieta, em Juazeiro

ILHA DO RODEADOURO

No sábado (13) seguimos para a Ilha do Rodeadouro. Cerca de 45 minutos de carro e chegamos à Travessia do Juarez, para pegar o transporte de Petrolina à ilha, que fica no rio São Francisco. Do outro lado, avistamos o território baiano. Foram R$ 3 de passagem por pessoa, incluindo a ida e a volta.

Travessia do Juarez leva à Ilha do Rodeadouro

Na ilha, as atrações são mesmo a água para quem quer aliviar o calor (é cristalina e parece limpa, mas não sou especialista) e os bares, onde o pessoal toma uma cerveja, caipirosca, água de coco, come peixe fresquinho… Eu fiquei na caipirosca e no substancioso caldinho de surubim. Ainda há famílias que acampam na ilha. O que mais emociona na bela vista é saber que este mundo de água corre no meio do Sertão.

Sol fervendo e água gelada: não tive coragem!

Preferimos guardar o apetite para almoçar no restaurante temático Carranca Gulosa, lugar bem nordestino na costa do São Francisco, ao lado do ancoradouro da Travessia do Juarez. Música ao vivo, vários ambientes com linda decoração rústica, cardápio de dar água na boca e preços justos. Adoramos o clima, ainda mais porque sentamos apreciando a vista maravilhosa para o Velho Chico (caso de amor²).

Jardim de entrada para o restaurante tem lago e peixinhos à nossa espera (Foto: Divulgação)

Prato principal: moqueca de arraia caprichada no azeite de dendê; influência baiana

VINÍCOLA SANTA MARIA – RIO SOL

No domingo pela manhã, logo cedinho às 7h, partimos em direção ao município de Lagoa Grande (PE), vizinho a Petrolina. Foi cerca de uma hora de viagem até nosso destino, a vitivinícola Santa Maria, onde são produzidos os vinhos dos rótulos Rio Sol, Paralelo 8, Rendeiras, Vinha Maria, Matuto e Adega do Vale. Nossa visita foi agendada com três dias de antecedência. São dois horários por dia (de segunda a sábado), mas já estava tudo lotado por causa do feriado. Apesar disto, um dos enólogos, Eldo, abriu uma exceção e nos recebeu no domingo. O ingresso custa R$ 10, mas o pagamento é dispensado caso o visitante faça compras na lojinha de vinhos.

Uvas cabernet sauvignon direto do pé na vitivinícola Santa Maria

Tivemos a oportunidade de passear entre os parreirais e provar as uvas in natura, direto do pé. Nunca pensei que iria experimentar uma Cabernet Sauvignon desta forma. Confesso: é uma delícia! Muito doce e apurada, um deleite! Caminhando pelas terras o nosso guia nos explicou como são feitas as pesquisas para desenvolver as mudas, como as plantações são mantidas, como funciona a colheita e deu detalhes sobre cada tipo de uva cultivada lá.

O que diferencia o Vale do São Francisco do Sul brasileiro e das terras europeias é o clima semiário, com sol o ano inteiro, sem interferência de chuvas e o maior controle das pragas. Com o moderno processo de irrigação a partir das águas do São Francisco, é possível manter de duas a quatro colheitas ao ano, enquanto nas outras regiões é feita apenas uma colheita. Vimos plantas referentes às quatro estações do ano: brotando como na primavera, folhas  caindo como no outono, podadas como no inverno e vistosas como no verão.

A forma de plantio de uva mais bela que conheci, na vitivinícola Santa Maria, da Rio Sol

Conhecemos também o maquinário da fábrica, vimos como funcionam a fermentação e o armazenamento dos vinhos e espumantes e como eles são envelhecidos em barris de carvalho para chegarem às nossas mesas como vinhos finos de reserva, os mais apreciados da Rio Sol.

Vinhos e espumantes produzidos na Santa Maria, em Lagoa Grande (PE)

VINÍCOLA OURO VERDE – GRUPO MIOLO

Depois desta visita à vinícola Santa Maria, pensávamos que não teríamos tão cedo a oportunidade de voltar a Petrolina e Juazeiro. Fizemos nossas malas e embarcamos no carro à tarde para São Raimundo Nonato, mas logo um novo compromisso surgiu e uma semana depois, na sexta-feira (19), já estávamos de volta ao São Francisco. Desta vez, tínhamos apenas um dia para curtir e sabíamos exatamente o que fazer: conhecer o Balneário das Pedrinhas, em Petrolina, e a vinícola Ouro Verde, pertencente ao grupo Miolo, em Casa Nova (BA). Tudo isto na mesma sexta-feira, após as cinco horas de viagem saindo de SRN.

Após a colheita, uvas esperam para virarem o brandy (conhaque) Osborne; sabor forte

Também precisamos ligar com alguns dias de antecedência para a vinícola Ouro Verde e marcar a ida. Custou R$ 10 por pessoa, que não são convertidos em consumação. O modelo de visita é diferente: permanecemos basicamente na área industrial, conhecendo as etapas de seleção das uvas, fermentação, produção do álcool e espumante, reserva em barris de carvalho e engarrafamento. Não há contato direto com os parreirais, apenas a vista. Lá são produzidos os espumantes Terranova, os vinhos Almadén e o brandy Osborne.

A vantagem é que tivemos um minicurso de degustação de vinhos, com tinto, espumante e o brandy. Aprendemos a avaliar a cor, o aroma e o sabor. Bem agradável para marinheiros de primeira viagem! A aula foi feita em ambiente climatizado da vinícola e ministrada pelo enólogo que nos guiou na visita. Já estava inclusa no valor do ingresso.

Vinhos de reserva da fazenda Ouro Verde envelhecem nos barris

BALNEÁRIO DAS PEDRINHAS

Depois de conhecer a vinícola, seguimos direto para o Balneário das Pedrinhas, em Petrolina. Mais de uma hora de viagem depois estávamos lá a tempo de ver o por do sol. O local estava bem calmo, mas acho que devia ser o horário. Tem muitos bares e se assemelha a uma orla marítima mesmo. Imagino que as manhãs nos fins de semana devam ser bem movimentadas. Nos sentamos no bar 2 Irmãos e escolhemos um peixe bem fresquinho, um tucunaré. Frito e crocante, delicioso! De lamber os dedos!

Balneário das Pedrinhas: ótimo para comer um peixe frito e ver o por do sol

Tempo nublado, água gelada… estamos mesmo no Sertão?

Flagra do transporte escolar aquático para as comunidades ribeirinhas

E assim chegou ao fim a nossa aventura! Foi maravilhoso ter a oportunidade de voltar mais um fim de semana para terminar de conhecer os principais pontos turísticos de Petrolina e cidades vizinhas. Ainda estamos devendo umas visitas mais aprofundadas em Juazeiro e região. Ficamos só na vontade de conhecer a casa de João Gilberto e a barragem de Sobradinho, por exemplo, mas estes programas ficam para a próxima!

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Vale do São Francisco (parte 2): hospedagem em Juazeiro (BA)

Nesta nossa viagem a Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), novamente tivemos que começar a procurar uma hospedagem para Tommy com antecedência. Apesar de conhecermos um hotel em Juazeiro que aceita a pernoite com o cachorrinho no quarto, desta vez preferimos pesquisar um lugar exclusivamente para Tommy, pois tanto ele quanto nós ficaríamos dois dias à vontade, sem as preocupações com latidos desagradáveis em um hotel.

Tommy, Carlinhos e o cavalo Raco; sim, nosso Pooh conheceu até um equino!

A busca começou ainda em setembro. Ainda não tínhamos certeza de quando viajaríamos, mas sabíamos que em algum momento o São Francisco seria nosso destino, por isto precisávamos de informações. Google em ação e telefone na mão, liguei para todos os pet shops de Petrolina que surgiram na internet, mas nenhum oferecia a acomodação que nós achamos que Tommy merece, nem um canil sequer para contar história. Em um estabelecimento, o funcionário disse que o cachorro ficaria trancado em um quarto. Em outros, era o velho esquema da gaiolinha (sinto náuseas só de pensar). Para mim, gaiola só serve para cachorro ou gato que vai passar uma manhã ou tarde esperando para tomar banho. Hospedagem assim, nunca! Isto tem nome: maus-tratos.

Redirecionando a busca por hotéis para pets em Juazeiro, não encontramos canis disponíveis, mas sim a casa da veterinária Mariana Fontalvo, que também tem uma clínica na cidade. Li seu blog e telefonei de imediato para saber como funcionava: a casa tem um espaço amplo e o cachorrinho ficaria solto com os demais que já são criados por lá. Tudo sob o supervisão da própria veterinária e de seu marido, Fábio, para que o visitante possa se adaptar aos novos coleguinhas.

O gato High Lander: falta um olho, mas sobra sagacidade felina

Havia quase dois anos que Tommy não passava por um hotelzinho estilo casa de família. Ele se deu muito bem em um do mesmo tipo quando morávamos em João Pessoa. Foi a primeira experiência do nosso Pooh com hospedagem e, às vezes, quando íamos deixá-lo no local, ele já saltava do carro ansioso para entrar na casa. Depois vou dar detalhes sobre este hotelzinho familiar. As pessoas lá são bem atenciosas.

Como já fazia algum tempo, nosso medo era de que ele estranhasse os bichinhos de Mariana. De toda forma, precisávamos desta nova experiência e reservamos as diárias. Lá Tommy conheceu vários amiguinhos, entre SRDs e pinschers, o gatinho High Lander e até um cavalo e jabutis. Segundo Mariana, ela foi soltando os cachorrinhos aos poucos para que eles se cheirassem e se conhecessem sem tumultos e assim foi controlando a situação. Neste ínterim, ligamos uma vez para saber como tinha sido a primeira ‘dormida’, mas estava tudo tranquilo.

Tommy e a simpática Aurora, piscando para a foto: das mais ‘dadas’, ela é do tipo que entraria no carro e viria para SRN

Tommy ficou do meio-dia da sexta-feira (12 de outubro) até as 13h do domingo. Quando voltamos para buscá-lo, ele estava enturmado no meio da bicharada, tomado banho, cheiroso, vestido com uma linda gravata de tecido não descartável e vacinado contra carrapatos apenas por precaução (lembrando que ele já usa a coleira TEA). O valor da diária varia de acordo com o porte do bichinho. No caso de Tommy, ficou por R$ 40 já incluindo a alimentação. Nada de ração: carne e legumes cozidos sem tempero para toda a cachorrada. O banho e a vacina não estavam incluídos na diária, mas considerados necessários.

Pontos para todos nós: eu e Seu Carlinhos pudemos passear à vontade e o nosso Tommy finalmente socializou com seus pares. Fiquei muito contente. Ele está um rapazinho!

Contatos:
Veterinária Fontalvo – Juazeiro (BA)
Blog: http://veterinariafontalvo.blogspot.com.br/
F
acebook: http://www.facebook.com/veterinaria.fontalvo
Telefone: (74) 8804-1550

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Vale do São Francisco (parte 1): a rota

Uma das vantagens de morar em São Raimundo Nonato (PI) é a possibilidade de explorar destinos turísticos de vários estados vizinhos a distâncias bem semelhantes. Em um raio de, no máximo, oito horas de viagem podemos chegar às capitais Teresina e Fortaleza, além de municípios encravados no interior do Maranhão, Tocantins, Bahia, Pernambuco e Ceará. Locais que preservam uma beleza natural riquíssima, ainda desconhecida de muitos turistas que não olham para o interior do Brasil. Que tal, em vez de gastar uma pequena fortuna viajando à Europa, conhecer a grande diversidade ecológica e cultural do próprio Nordeste?

Esta é uma das filosofias da família Karol/Seu Carlinhos/Tommy. Fomos a Teresina e Salvador de carro a trabalho, mas agora em outubro fizemos pela primeira um passeio realmente a lazer, sem nenhum compromisso que não fosse apenas a diversão. Nossos destinos foram Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), cidades abençoadas pelas águas do rio São Francisco no Alto Sertão nordestino. Já havíamos passado por ambas há cinco anos na ocasião de um concurso público e em agosto de 2012, quando nos dirigíamos a Salvador. Como eu disse antes, finalmente a região foi a protagonista de uma viagem unicamente por turismo e… uau! Tínhamos muito para ver! Voltamos para casa satisfeitos e emocionados por termos explorado de forma mais digna esta joia rara que é  o São Francisco, pelo menos uma vez na vida.

Tommy e sua atividade favorita na viagem: observar atentamente a estrada

A ROTA

Saímos de carro de São Raimundo na manhã sexta-feira (12), aproveitando o feriadão de Nossa Senhora da Conceição/Dia das Crianças. Com Tommy no banco de trás devidamente amarrado em sua coleira peitoral/cinto de segurança, seguimos rumo a São João do Piauí, passando por várias cidades e povoados pequenos (minúsculos). São muitas curvas, ladeiras subindo e descendo a Serra da Capivara (muito enjoo), uma verdadeira montanha-russa até chegarmos a Afrânio (PE) e seguirmos reto (toda a vida) até Petrolina. São quatro horas e meia de viagem de carro. Para quem tem muito cuidado (como nós) com os incontáveis animais que cruzam a pista, o percurso chega a durar cinco horas.

Saindo de SRN para Petrolina/Juazeiro, por São João do Piauí e Afrânio

Sinceramente? É fichinha perto das seis horas e meia para Teresina. Pelo fato de SRN ser uma cidade muito isolada, já nos conformamos e nos acostumamos com estas cinco horas até a “cidade grande” mais próxima. (Ou seja: a BR-230 e suas míseras 1h20 entre Campina Grande e João Pessoa não significam mais nada, *risos*).

Se você olhar direitinho no Google Maps, vai perceber que existe um caminho bem mais curto para chegar às cidades banhadas pelo São Francisco. Seria a estrada entre São Raimundo e Remanso (BA). O grande porém da história é que praticamente não existe estrada. O caminho está repleto de buracos e não foi recapeado, se resumindo a uma grande aventura pelo barro, com riscos de assaltos e acidentes. É esta a rota feita pelos ônibus que saem de Petrolina para São Raimundo e vice-versa, porém a viagem é longa. O que deveria se resumir a três horas chega a durar mais de seis. Moral da história: o desvio por Afrânio é inconveniente, mas muito mais seguro do que Remanso.

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Petrolina/Juazeiro, aqui estamos!

E aí, galerinha viajante? O nosso Tommy embarcou em uma nova aventura com o papai Seu Carlinhos e a mamãe Lalá neste feriado de Nossa Senhora Aparecida/Dia das Crianças. Em breve traremos novidades no blog sobre as opções de hospedagem e lazer neste grande polo econômico e turístico do Sertão nordestino: Petrolina (PE) e Juazeiro (BA). Fiquem ligados!

Tommy já animado para uma nova aventura em Petrolina e Juazeiro

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